A reforma tributária começa a ser implementada em 2026 e promete mudar a forma como os impostos sobre consumo são cobrados no Brasil.

A ideia central é simplificar regras, reduzir sobreposições e tornar os tributos mais claros para quem vende produtos e serviços no dia a dia.

Hoje, impostos diferentes incidem sobre a mesma operação, o que dificulta o controle e o planejamento. Com o novo modelo, essa lógica começa a mudar, ainda que de forma gradual.

Confira aqui o que muda para você, micro ou pequeno empreendedor!

O que é a reforma tributária, de forma simples

A proposta substitui tributos atuais por dois novos impostos:

• CBS, federal
• IBS, que reúne estados e municípios

Eles funcionam como um imposto sobre valor agregado.

Na prática, você paga o imposto apenas sobre o valor que adiciona ao produto, e não sobre tudo de novo a cada etapa.

O que muda a partir de 2026, na prática

Em 2026 começa a fase de transição. Isso significa que os impostos antigos ainda existirão, mas os novos já entram em cena.

Imagine uma pequena lanchonete que compra pães, queijos e embalagens. Hoje, muitos impostos pagos nessas compras não voltam de forma clara.

Com o novo modelo, esses gastos passam a gerar créditos tributários, que podem ser abatidos do imposto a pagar na venda do lanche.

Outro exemplo: um pequeno restaurante que vende no balcão e por delivery. Com regras mais padronizadas, fica mais fácil entender quanto imposto incide em cada venda, reduzindo dúvidas e retrabalho.

Pontos de atenção para negócios de alimentação

Quem trabalha com alimentos precisa ficar atento a alguns aspectos:

• Insumos: compras frequentes podem gerar mais créditos, desde que bem documentadas
• Cesta básica: alguns produtos podem ter tratamento diferenciado, impactando preços
• Precificação: com impostos mais claros, o cálculo do preço tende a ser mais transparente, mas exigirá revisão

Por exemplo, uma marmitaria que compra ingredientes semanalmente poderá enxergar melhor quanto imposto já foi pago antes da venda final.

Veja também:

• Método contábil: Competência x Caixa explicados
• Taxa de entrega: como definir o valor ideal para delivery
• Cobranças: diferenças entre taxa, couvert e consumo mínimo

Como fica o Simples Nacional

O Simples continua existindo, mas com novas possibilidades.

Será possível continuar recolhendo tudo de forma unificada ou optar pelo regime regular para aproveitar créditos.

Um pequeno produtor de doces, por exemplo, pode perceber que sair do Simples gera mais vantagens se compra muitos insumos tributados.

Essa escolha dependerá do perfil do negócio.

Como se preparar

Desde já, vale:

1. Organizar notas fiscais e compras
2. Conversar com o contador sobre cenários possíveis
3. Acompanhar as regras da transição

A reforma tributária traz desafios, mas também abre espaço para mais previsibilidade e gestão consciente.

Quem se prepara antes tende a sentir menos impacto e tomar decisões melhores ao longo da transição.

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