Afronegócio

Apoio afroempreendedorismo

Afroempreendedorismo: como apoiar no setor de alimentação

Postado em: 04 de August de 2025 às 12:05 Por Redação

O afroempreendedorismo reúne micro e pequenos negócios liderados por pessoas negras, principalmente em áreas como alimentação, arte e moda.

No Brasil, segundo o Sebrae, empreendedores negros representam 52 % dos donos de pequenos negócios, ou seja, cerca de 15,2 milhões de brasileiros. 

No entanto, essa parcela enfrenta desafios como menor escolaridade, barreiras ao crédito e menor faturamento.

Neste artigo, você confere:

  • mais informações sobre o afroempreendedorismo no Brasil,
  • a importância e os benefícios de apoiar o setor, e
  • como oferecer esse apoio.

 

Situação atual do afroempreendedorismo no Brasil

 

  • 77,6 % dos empreendedores negros faturam até dois salários‑mínimos por mês, e 45 % têm apenas ensino fundamental
  • Empresários negros ganham em média 32 % menos que brancos
  • Apenas 23,6 % dos empreendedores negros têm CNPJ, contra 43 % dos brancos
  • Um estudo do CAF, Instituto Feira Preta e Plano CDE mostrou que 44 % dos afroempreendedores no Brasil tiveram pedidos de crédito negados
  • A mesma pesquisa levantou que 51 % deles já vivenciaram discriminação racial no ambiente de negócios

Esses dados deixam claro que apoiar o afroempreendedorismo é urgente, especialmente nos negócios ligados à alimentação.

 

Por que o apoio é essencial no setor de alimentação?

 

  1. Alimentação é cultura e comunidade: cozinhas e comidas típicas afrodescendentes estão conectadas à identidade cultural de comunidades negras.
  2. Afronegócios muitas vezes atendem suas próprias comunidades. A formalização e visibilidade aumentam o impacto econômico e social.
  3. A valorização dessas marcas fortalece redes, gera renda local e inspira outras pessoas a empreender.

 

Como apoiar o afroempreendedorismo

 

Afroempreendedorismo - empreendedora negra vendendo produtos

 

1. Consumir de afroempreendedores

 

Busque fornecedores e parcerias geridos por pessoas negras.

Isso fortalece redes econômicas e comunitárias.

 

2. Dar visibilidade nas redes sociais

 

Compartilhe o trabalho de colegas afroempreendedores.

Marque, recomende, responda e valorize conteúdos de negócios liderados por pessoas negras.

Esse tipo de apoio aumenta o alcance e confiança do negócio.

 

3. Fomentar parcerias e prestação de serviços

 

Pode oferecer serviço de catering, fornecedor de ingredientes, logística ou embalagens para negócios negros.

Parcerias ajudam na troca, visibilidade e profissionalização.

 

4. Promover educação e capacitação

 

Realize ou apoie oficinas simples sobre higiene, manipulação, marketing digital ou gestão financeira, voltadas para afroempreendedores do setor de alimentação.

Capacitação reduz barreiras de formalização e melhora gestão.

 

5. Participar de eventos focados em afroempreendedorismo

 

Feiras como a Feira Preta reúnem gastronomia, cultura e empreendedorismo negro. Participar permite exposição e networking.

Você também pode apoiar e convidar outros empreendedores para eventos locais.

 

Benefícios para quem apoia

 

  • Mais diversidade de fornecedores eleva a qualidade e autenticidade dos produtos.
  • Parcerias com afroempreendedores enriquecem sua marca com histórias e cultura.
  • Fortalecer essas redes aumenta cooperação econômica e promove inclusão social.

 

Segundo uma estimativa do Sebrae, o afroempreendedorismo no Brasil movimenta quase R$ 2 trilhões por ano.

Ainda assim, empreendedores negros enfrentam desigualdades reais.

Para micro e pequenos negócios do setor de alimentação, apoiar esse ecossistema é uma ação estratégica e transformadora.

Pequenas atitudes (consumir, divulgar, capacitar, formar parcerias) geram impacto coletivo.

Juntos, podemos fortalecer a economia local, valorizar identidades culturais e construir um mercado mais justo e plural.

 

Confira mais dicas em nosso blog. E acompanhe cursos e mentorias gratuitos, sem sair de casa, clicando aqui. Conheça também histórias de afroempreendedores de sucesso na nossa página Afronegócio.