Abrir um negócio de alimentação gera muitas dúvidas, especialmente sobre os custos iniciais.

Vai depender bastante do modelo de negócio, do porte, da localização e dos seus objetivos.

Aqui, você vai entender o que influencia os valores, aprender como começar de forma enxuta e conhecer a história de uma empreendedora que começou com pouco.

Abrir um negócio: o que define o custo

Antes de tentar estimar um número, considere:

• Tipo de negócio: restaurante, food truck, dark kitchen, padaria, quiosque, delivery… cada formato exige coisas diferentes.
• Localização: ponto de rua, shopping, cidade grande ou interior – aluguéis, taxas e exigências variam muito.
• Estrutura física: você precisa de um espaço próprio ou aluga/cozinha compartilhada; reformas, instalações elétricas, hidráulicas, ventilação etc.
• Equipamentos e mobiliário: fogão industrial, geladeira, utensílios, exaustor, freezers, mesas, cadeiras, etc.
• Legislação e taxas: licença sanitária, alvará, registro da empresa, impostos, normas locais.
• Capital de giro: custear salários, aluguel, contas de água/luz/internet, matérias-primas, embalagens, marketing nos primeiros meses.

É possível iniciar de forma mais enxuta

Sim! Eis algumas estratégias para reduzir custos e começar com menos investimento:

• Comece com delivery ou cozinha compartilhada / dark kitchen, evitando aluguel alto e mobiliário para salão.
• Use equipamentos de segunda mão bem avaliados, ou alugue quando possível.
• Priorize o essencial: invista primeiro no que impacta mais diretamente na produção e atendimento. Decoração ou design sofisticado podem vir depois.
• Faça bom planejamento: mapeie todos os custos fixos e variáveis; estime quantos produtos ou refeições precisa vender para cobrir custos (ponto de equilíbrio).
• Reserve uma margem para imprevistos: despesas extras acontecem, é normal.

Veja também:

• Planejamento financeiro inteligente: estruture seu negócio
• Boas práticas de gestão: o que realmente faz diferença no dia a dia
• Educação e gestão financeira: grande importância no negócio

Começando com pouco

Neurilene Araújo começou sua trajetória na confeitaria por necessidade.

Seu filho nasceu com uma má formação interna e ela, uma dona de casa sem experiência profissional, precisou de renda para arcar com os custos do tratamento.

"Tudo que eu tinha era R$12. Comprei dois bolos simples, cortei e saí vendendo de porta em porta. Assim foi por dois anos de tratamento do meu filho. Com meu trabalho, juntamos R$33 mil", conta.

Percebendo que fazer e vender bolo dava dinheiro, Neurilene decidiu aprender mais para empreender com planejamento.

Ao pedir ajuda para uma amiga, ela recebe um sonoro "não". Mas ela não se deixou abalar pela negativa.

"Então, decidi estudar, aprender, ter meu negócio e ajudar outras pessoas. Hoje, não só tenho meu próprio negócio, como também sou professora de Gastronomia e atendo em projetos sociais, acolhendo e ensinando sobre empreendedorismo, como manipular alimentos e produzir receitas".

Neurilene conta que o segredo foi estudar, trabalhar e fazer acontecer!

Depois de muita dedicação, ela conseguiu abrir um negócio, a Neurilene Confeitaria, e teve seu esforço reconhecido: tornou-se vencedora regional do Prêmio Academia Assaí 2024.

A história da confeiteira mostra que é possível começar com pouco e escalar os processos aos poucos. Dedicação, esforço e estudo trilham o caminho do empreendedor de sucesso.

Você pode começar de modo enxuto, escolhendo bem prioridades, optando por formatos mais simples e investindo com planejamento.

Com uma base financeira sólida, boas escolhas e controle dos custos, é totalmente viável abrir algo realista sem precisar de um super capital.

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